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Ser mais Poliana | o que 2015 me trouxe de bom e minha única meta para 2016

29 dezembro 2015


Crise dos 20, depressão e a incapacidade total de levantar de uma cama. Todo mundo que me acompanha há um tempo nas redes sociais já sabe que 2015 foi um ano complicado. 
Mas tem uma razão pra vocês saberem disso tudo: é que eu sempre foco no lado ruim das coisas.

Eu nunca sou o Happiness do Perhaps. Eu nunca sou Poliana. Eu já dei game over no Jogo do Contente tantas vezes que até já esqueci as regras, nem sei mais como é que se joga. E em 2016 eu só tenho uma única meta para mudar essa situação toda: ser mais Poliana

Não vou fazer uma lista infinita com todas as coisas ruins que aconteceram no meu ano. (Acreditem, eu já faço essa lista todos os dias quando acordo). Ao invés disso eu vou simplesmente falar sobre tudo que 2015 me trouxe de bom.


Rio de Janeiro

Esse foi o ano em que eu realizei o meu sonho de uma vida inteira que era o de morar na Cidade Maravilhosa. Eu regressei pro litoral. Moro há 2 quadras da praia mais famosa do mundo. Sinto o cheiro do mar o tempo todo da janela da minha casa. E todas as minhas transformações pessoais ao longo desse ano, todas as minhas desconstruções, toda a minha aprendizagem decorreu dessa mudança.
(Clique aqui pra ver o vídeo que eu gravei falando sobre minha experiência morando sozinha)



A Babilônia

Nesse tempo de Rio de Janeiro eu tive oportunidade de passar 2 meses frequentando quase que diariamente uma favela: a primeira e única favela que já conheci na vida. E não tenho palavras pra explicar o quanto essa experiência transformou a minha vida. O quanto eu era alienada antes da Babilônia, o quanto essa comunidade gritou na minha cara verdades que eu não fazia ideia do quanto precisava ouvir.




a babilônia te dá o suor e exige potes de açaís em suas pausas; te pede 2 reais em troca de um capacete duvidoso; te leva a uma rápida partida de xadrez com a morte e te faz gostar do jogo
- a vertigem no fim da jornada nem se faz notada diante do emudecimento dos olhos tentando encontrar os próprios lábios. -
(eles queriam agradecer o estímulo)
os músculos reconhecem a adrenalina liberada; a depressão se cala; a ignorância vivida berra na parte traseira da sua cabeça reclamando saída
lembra daquelas temidas palavras? you are never coming back.

Os suecos

Por causa do meu novo apartamento, eu passei a ter um espaço para receber estrangeiros aqui no Rio. Entrei em vários grupos de couchsurfing e de troca de hospedagem por trabalho. E pra uma pessoa tão apaixonada por culturas como eu, não há nada tão especial quanto compartilhar novas experiência com pessoas dos lugares mais diferentes. 
(Clique aqui pra conferir o post que fiz sobre coisas que aprendi sobre a Suécia)


Nunca antes tinha estado apaixonada por tantas pessoas ao mesmo tempo. (E olha que eu sou boa nisso). Mas não tenho como expressar minha paixão em palavras, então vou deixar algumas fotos que falam por si só sobre como os suecos seriam o ponto alto no ano de qualquer pessoa e, claro, outra poesia que expressa todo o amor do mundo.


 
jag älskar dig ou o elefante no meu pé
os suecos tocarão na porta ao badalar da meia noite e você logo terá em sua casa três piratas lastimavelmente tatuados. dirty burguers; pizza skewer; broken legs; crooked lines;
- o medo piscará na sua orelha enquanto pergunta se ainda há volta - não há.
eles mostrarão os dentes de ouro, exibirão suas cuecas no primeiro dia (e em todos os dias em diante) e você se deixará levar pelo balanço dos cabelos no ar; pelas franjas; pela kika adeitar; pelo macio da voz e os enfermeiros a cuidar.
fará sol por 6 semanas, 2 dias e 15 horas.

O Centro e os choques culturais


O Rio de Janeiro me estapeia na cara de tantas formas diferentes. Me lembra do meu lugar de fala todos os dias: Brasília; Plano Piloto; filha de Auditora fiscal. E quanto mais o Rio me estapeia mais eu percebo a esquisitice de Brasília. A bolha; a ilha; a setorização de tudo - inclusive da pobreza.
(Clique aqui pro post que eu fiz sobre meus 5 primeiros choques culturais no Rio e aqui pro vídeo de coisas que ninguém me falou sobre o Rio de Janeiro)



Não existe um centro em Brasília como o do Rio. Com o caos; o barulho; a miscigenação; o engarrafamento; a arquitetura. E também o perigo; o assalto; o medo da noite e as peculiaridades da vida noturna. Foram muitas adaptações que eu precisei passar e agradeço cada uma delas.



A obra de arte

Esse ano eu me tornei uma Produtora Audiovisual certificada e realizei o meu primeiro curta-metragem ao lado dos profissionais mais incríveis do mundo. Foi graças a esse projeto que tive minha vivência na Babilônia e que acabei conhecendo os suecos. Tá tudo maravilhosamente interligado ♡. Tenho muito orgulho do projeto que pude fazer parte e mal posso esperar para colher os frutos de sua existência. - Além daqueles que já estou tendo a oportunidade de colher, que são as amizades que nasceram de maneira tão intensa. 




A família

Esse ano eu de fato constituí a família que escolhi pra mim. Não aquela que me foi designada ao nascer. E não deve existir maior realização do que essa. 

Eu não poderia estar mais feliz com esse meu retrato de família. Por ter o privilégio de passar todos os meus dias ao lado das pessoas (ou dos animais, para não sermos excludentes aqui) que eu mais amo e admiro no mundo.



Chega de lamentações sobre 2015 agora, ok, Chanice? Obrigada por tudo que esse ano me trouxe de bom e que 2016 chegue logo, porque eu nunca estive tão pronta para ser mais Poliana.


ps: Todas as fotos que ilustram esse post foram tiradas por Jonatan Nylander, um dos suecos que passou por aqui. Ele é o fotógrafo mais talentoso que eu já conheci, mas infelizmente ele é super hipster e a única rede social que ele tem é o Flickr. Clique aqui pra conhecer mais do trabalho dele (eu recomendo fortemente, vocês não irão se arrepender). E, ah, ele não faz a menor ideia de que estou divulgando o site dele aqui, então se quiserem fazer uma brincadeira comentem a palavra "brigadeiro" nas fotos que mais gostarem da galeria dele!

E vocês? O que 2015 os trouxe de bom? Vamos jogar o Jogo do Contente juntos em 2016? Me contem tudo nos comentários! 
Um grande beijo e até já!


Me acompanhem também nas redes sociais:

5 comments:

  1. Você passou por tantas experiências incríveis! Sonho em conhecer o RJ um dia, quem sabe morar por aí um tempo também, de preferência perto da praia como vc, pois AMO o mar!
    Deve ser enriquecedor conhecer pessoas de outro país, com uma cultura totalmente diversa da nossa. Sou muito tímida para acomodar pessoas que não conheço em casa, mas admiro a experiência.
    Fotos lindas, vou lá no Flickr e comentar brigadeiro no que gostar. Ele vai ficar surpreso haha
    2015 foi complicado, mas venci muitos desafios: Perdi o medo de certos procedimentos hospitalares(sou fisioterapeuta), aprendi muitas coisas novas e completamente inimagináveis para mim anos atrás, passei em um concurso público e espero ser chamada em 2016.
    Sou muito realista, mas gosto de ver o lado bom não só nas situações, como nas ppessoas <3
    Amei os patins! ^^
    Meu bloguinho: http://www.umavidaemandamento.blogspot.com.br/
    Feliz ano novo!

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  2. Amei dimais o seu texto, esse ano me trouxe muitas coisas boas e ruins e mesmo assim eu só tenho a agradecer. Foi um ano de muita luta e também de realizações e quem em 2016 seja melhor ainda. Te desejo tudo de bom e que o ano novo renove suas energias e te de mais força e motivação ❤ beijo
    www.naosoudecor.com

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  3. Vanessa, vc me fez lembrar que eu tbm preciso ser beeeem mais Poliana...2015 foi cruel cmg, mas trouxe coisas boas e eu preciso pensar nelas...

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  4. Para voce nao podia haver lugar que nao a cidade maravilhosa! Tenho gostado de ler o que vc escreve, da um ar de vida na vida! Voltarei sempre.

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  5. Oi Vanessaaa, quanto tempo!
    A cidade mais maravilhosa do mundo! Eu sou perdidamente apaixonada por qualquer canto desse lugar, por pior que ele seja, por mais que ele já tenha me despedaçado em um milhão de cacos. E, tem um ano que você está aqui e a gente ainda não se encontrou! 2015 também foi muito difícil pra mim, espero que as coisas melhorem por aí também!
    Beijossss

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Vanessa. Paraibana, leonina, amante dos animais e de homens com cabelos compridos. Isso é basicamente tudo que você precisa saber sobre mim, o resto você descobre nas páginas do blog. ♥

 
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