
(2015)
Direção: Julia Rezende
Roteiro: Tati Bernardi, Leandro Muniz & Patricia Corso
Elenco: Fábio Porchat, Miá Mello, Inez Viana, Marcelo Valle, Antônio Pedro, Rafael Queiroga, Ricardo Pereira, Mafalda Rodilles, Ernani Morais
Duração: 108 minutos
Gênero: Comédia, Romance
Produção: Mariza Leão, Erica Iootty
Distribuição: Paris Filmes
País de Origem: Brasil
Estreia no Brasil: 02 de Julho de 2015
Nota: 4/10
Meu Passado Me Condena 2 é o típico filme de comédia brasileira Globo Filmes para o qual eu vou ao cinema esperando nada além de piadas preconceituosas e batidas. E, como todo filme que assistimos esperando por um desastre colossal, há grandes chances de nos surpreendermos e descobrirmos que eles nem são tão horríveis assim.
Esse filme ficou num meio termo.
Os pontos altos são os aspectos técnicos de um filme mega produzido: a trilha sonora, as locações internacionais maravilhosas, a fotografia e edição bem executadas... Também não tenho nada a criticar à respeito da atuação do casal principal. Enquanto uns amam e outros odeiam "a chata" da Miá e o "over-the-top" do Porchat, fato é que os dois atores são muito bons naquilo que fazem.

Os pontos baixos ficam todos à cargo do roteiro mesmo.
Utilizando de uma fórmula extremamente batida e já previamente gasta no primeiro Meu Passado Me Condena, o que vemos agora é mais do mesmo e uma tentativa falha de adicionar elementos críticos e reflexivos na trama - como a presença machismo nas relações afetivas.
Fábio e Miá estão vivendo uma crise após 3 anos de casamento. Fábio se recusa a amadurecer e deixa para Miá todas as responsabilidades afetivas, domésticas - e até financeiras - do casal. Na tentativa de evitar o divórcio e reconquistar sua esposa, Fábio a convence de fazer uma última viagem para o velório de sua avó no interior de Portugal.
Chegando lá, o casal encontra 2 personagens que irão trazer à tona seus problemas de relacionamento e gerar novas intrigas. Ritinha (Mafalda Rodiles), o amor de infância de Fábio, interpreta a personagem feminina típica da sociedade machista do interior: submissa, "recatada" e disposta a fazer qualquer coisa para conseguir um marido e agradá-lo em todos os aspectos. Já Álvaro (Ricardo Pereira) é seu contraponto machista, que batendo de frente com a mulher independente que é Miá, é responsável pelos diálogos mais interessantes de toda a trama.

Eu gostei de ver Miá atacando o machismo de Álvaro. Gostei de ver Álvaro repensando seus conceitos e levando a pior nas situações. Mas tudo isso estava muito em segundo plano, sabe? Foi uma abordagem extremamente superficial, mal teve atenção nas telas e no final é a situação mais facilmente esquecida. Além disso, tudo de bom que o filme poderia ter nesse aspecto mais crítico, se perde na criação do problemático casal de trapaceiros (Marcelo Valle e Inês Viana) que retorna ao filme dando golpes em velórios e "fazendo piada" com todo tipo de situação séria, praticando até mesmo gaslighting com idosos na intenção de antecipar sua morte.
No geral é um filme que não vai acrescentar nada na sua vida e pode ou não proporcionar algumas risadas de acordo com a sua capacidade de ignorar, relevar ou até mesmo também levar na brincadeira piadas e atitudes que, no geral, não deveriam ser levadas dessa forma.
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Não gostei do primeiro, achei sem graça, não sei se assistiria o 2 haha, mais gostei de ler sua opinião... beijos
ResponderExcluirhttp://modismodeluxo.blogspot.com.br/
Eu assisti os dois filmes e achei esse segundo super sem graça. Não que o primeiro eu tivesse dado cambalhotas de tanto rir - nem de perto - mas esse segundo filme não serviu para nada além de eles ganharem mais dinheiro com a continuação desnecessária da história de Mia e Fábio.
ResponderExcluirBeijooss
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